Amor An-dré
Componente: Vitória de Jesus Oliveira
Amor An-dré
No interior de uma cidade havia duas adolescentes, bem próximas, Auane e Ana, consideravam-se como irmãs. Sempre faziam praticamente tudo juntas, tanto nas suas casas, quanto na escola. Elas se entendiam até mesmo por um olhar, quando uma estava triste, a outra sabia como consola-la. E o mais lindo de se ver na amizade delas era a confiança. E uma das coisas mais incríveis é que, na infância elas se odiavam, e todo esse ódio se tornou amor. Um amor puro, sem nenhuma maldade, um amor de irmã. Talvez elas se identificaram tanto por conta de problemas familiares.
O tempo foi passando e elas conheceram (virtualmente) dois rapazes de cidade grande Fredson e André, e por coincidência, eles também eram amigos próximos. Assim resolveram criar um grupo em uma rede social, pra que os quatro pudessem se conhecer melhor, e isso aconteceu. Eram muitas madrugadas sem dormir, jogando sempre conversas fora... e as coisas foram ficando cada vez melhor. Tínhamos dois casais completamente apaixonadas Auane e Fredson, Ana e André, e um problema enorme entre ambos, a distância.
Depois de meses de conversas, Fredson e André resolveram ir até ao interior conhecer Auane e Ana, Foi um dia completamente maravilhoso, um dia totalmente aproveitável. E foi a partir daí que a vida daqueles quatro jovens começou a tomar um rumo totalmente diferente. Um dos garotos, Fredson, queria poder trabalhar para poder ter Auane ao seu lado, o André como já tinha um trabalho, precisava apenas ouvir um sim, e foi exatamente o que ele ouviu. Na casa de ambos das meninas as coisas estavam cada vez mais complicadas, e em um certo dia elas tiveram uma conversa séria e madura. Elas decidiram que iam fugir, sair e não dar satisfação a ninguém, e deixando tudo pra trás. Foram dias e mais dias organizando roupas, acessórios, juntando dinheiro, e aos poucos levando pra um local onde somente as duas tinham acesso. Os garotos estavam muito ansiosos, e no plano que fizeram, um deles, o Fredson iria buscar as meninas do interior, para a cidade grande. As coisas aconteceram tão rápido que, os quatro pretendiam morar em uma casa de aluguel.
Seguindo o plano, no dia da “fuga" Fredson chegou na cidade logo cedo, para as meninas encontrá-lo não foi fácil, tinham que sair com o restante das coisas, que não era tão simples a não ser que os pais não estivessem em casa. E foi o que aconteceu. Quando tiveram a oportunidade foram loucamente ao encontro dele que já estava pela esperando por elas por algumas horas. A cidade por ser pequena, em poucos minutos soube do "desaparecimento" das meninas, os pais acionaram a polícia, qual já estava pela busca das garotas. Todos familiares reunidos não sabiam o que fazer, ou o porque daquilo ter acontecido.
Enquanto isso, os três jovens estavam em uma van de viagens indo para a cidade grande. O celular das jovens não paravam de chegar mensagens, estavam bem preocupadas de alguém da van reconhecê-las e avisar aos familiares. Isso não aconteceu, até metade do caminho estava tudo sob controle. Fred ouvia sussurros do motorista falando que tinham três jovens no fundo da van, mas achou que era coisa da cabeça dele. Até chegar a um posto de gasolina que estava rodeado de polícias e alguns familiares da Auane que já morava por lá. Ninguém entendia mais nada, o homem da van pediu para os três jovens descer. Os polícias pediu os documentos de cada um, e por sorte Fred ainda era menor, caso contrário poderia ser preso por: sequestro, alienação de menor e outras coisas. Os policiais pediram para os três entrarem na viatura para levá-los para delegacia do menor infrator. E os tios de Auane, acompanharam atrás, em um carro.
Os polícias eram super tranquilos, riam, brincavam e até chegaram a falar: " se fosse uma filha minha eu deixava ir".
Chegando na delegacia o problema maior foi que a Auane ainda tinha 13 anos, poucos dias para completar 14. Ana já tinha 15. E o que a delegada disse? "Uma pessoa com 14 anos já sabe o que quer da vida" mas como não era o caso de uma das meninas, Fredson poderia se prejudicar muito, se fosse maior. Foi praticamente a madrugada inteira na delegacia, o outro jovem André, que os esperava na casa que alugaram, não aguentava mais, não podiam ter contato, pois tomaram o celular de todos ali, e o clima foi ficando cada vez mais tenso, e só ia sair de lá, quem o parente assinasse por aquela pessoa, como já tinha familiares da Auane lá, não foi problema pra ela, a Ana não sabia o que fazer, pois não tinha ninguém por ela, até que os pais de Auane, Pedro e Jailma chegaram em última hora e assinaram por ela. Ninguém assinou pelo garoto, sendo assim ele teve que ser encaminhado para uma casa de menores infratores, e esperar seu pai na manhã seguinte ir tira-lo de lá.
Mãe, pai e tios da Auane estava lá, tentaram conversar com ela, mas não tiveram sucesso, pois ela estava com muita raiva, principalmente por seu namorado ter ido pra um lugar onde ela não fazia a mínima idéia. Então eles tentaram conversar com Ana que também estava frustrada e sem saber o que os seus pais estavam pensando dela, o porque deles também não está ali. Já que os pais da Auane conseguiu ir... também não conseguiram tirar nenhuma dúvida, então Pedro e Jailma resolvem deixa-la na cidade com os tios. Enquanto Ana iria voltar pra casa, sendo levada pelo Pedro. Eles acreditavam que deixá-las afastadas era a melhor opção. Pois foi uma grande surpresa para ambas as famílias, duas amigas tão boas fazerem isso.
Ao contrário do imaginado, Pedro tratou Ana super bem levando-a para sua casa no interior, lhes deu vários conselhos, perguntou vários vezes o porque daquilo, mas não obteve resposta.
De manhã cedo, chegaram no interior, Pedro, super educado conversou com a mãe da Ana, a Bárbara pediu pra ter paciência com ela, e não brigar, tentar apenas conversar... mas não foi isso que aconteceu, quando ele foi embora, a Bárbara atacou a Ana com gritos, tapas e mordidas e a raiva da garota só foi aumentado, e a vontade de sumir era ainda maior. No meio da confusão a sua mãe expulsou-a de casa. Ana sem saber o que fazer, pediu abrigo a sua madrinha, que a recebeu com muito carinho, e a ela sim explicou toda a história, e pediu que a levasse até a André... a madrinha de Ana ficou bem pensativa mas queria lhe dar esse apoio então ligou para o André, falou com ele e com a mãe dele e a madrinha de Ana combinou de se encontrar com a mãe de André e depois de uma longa conversa, deixou Ana ir com ela. Foi uma felicidade imensa pra Ana saber que ia poder morar com André, mas seu coração estava nas mãos por ter saído de casa de uma maneira horrível, por está longe de Auane, e sem notícias de Fredson. (o pai dele foi tira-lo da delegacia no dia seguinte do acontecido.)
Então, feliz por sair da delegacia, Fredson estava, mas também com o coração em mãos por não saber da sua garota...
A mãe do André estava levando ao encontro do seu filho a Ana. E o coração dele explodia de alegria, toda hora ligava pra saber se Ana estava bem, pois seu celular foi quebrado na briga com a mãe, ela também estava bem machucada pela surra que levou da mesma.
No caminho a sogra da Ana falou muito sobre a vida dela, e do André, e que ela podia contar sempre com a sogra que tinha, que inclusive era uma amor de pessoa.
Ao chegar na cidade grande, parecia um sonho pra Ana, era tudo muito louco, inacreditável, parecia história de filme, ao ver seu amado teve a sensação triplicada de quando o viu pela primeira vez. Fredson ficou muito feliz em ver Ana com seu amigo André, mas eles sabiam que, ele se encontrava despedaçado por não está com Auane, pois esse era o plano desde o começo.
Dias se passaram e Auane que também estava sem celular conseguiu falar com Ana, elas conversaram muito e Auane se encontrava feliz por sua amiga ter conseguido o que queria. Mas em relação a Fredson, sua mente mudou, ninguém sabe o que houve na casa dos tios dela, mas seja lá o que for, ela não queria mais saber dele.
E todos os outros sofreram pois sempre foram todos juntos desde o início, o plano parecia perfeito, havia muito amor entre os quatro, mas talvez o destino tinha que ser assim, unir apenas um, dos dois casais que tinham se formado.
An-dré.
Conto em documento:
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